A busca pela dupla cidadania italiana por descendência é um processo que faz surgir muitas dúvidas ao longo do caminho. E, no artigo de hoje, vamos responder uma delas. Afinal, será que é preciso falar italiano para obter a dupla cidadania? Esse é um requisito básico ou aprender o idioma italiano não é obrigatório?
Muitas pessoas até conhecem algumas expressões italianas e um pouco do idioma. Porém, acreditam que não vão conseguir a dupla cidadania apenas com esse conhecimento raso. Nesse sentido, há ainda o exame de proficiência, algo muito comentado por quem pretende tirar a cidadania italiana.
Então, para esclarecer todas as dúvidas a respeito do assunto, separamos na sequência algumas informações relevantes. Saiba no que consiste o exame de proficiência, se é possível conseguir a dupla cidadania sem falar italiano e todos os critérios para dar prosseguimento a esse processo.
Quem não fala italiano pode conseguir a dupla cidadania?
Se você for solicitar a dupla cidadania por meio jus-sanguinis (direito de sangue), não precisará comprovar seu conhecimento a respeito do idioma italiano. A seguir vamos explicar melhor o que significa a expressão jus-sanguinis.
Porém, em outros casos específicos, haverá a necessidade de saber o básico sobre o idioma italiano. E isso significa falar italiano e comprovar esse conhecimento por meio de um teste.
E, como já destacamos em outros artigos aqui do blog, mesmo não tendo vínculo direto com italianos, é possível obter a dupla cidadania. Nesse caso, indicamos a leitura deste artigo sobre cidadania italiana!
Agora, veja abaixo dois exemplos clássicos onde será necessário falar italiano para obter a cidadania.
Cidadania Italiana Por Casamento
Se você casou com um italiano e o casamento foi devidamente registrado no registro civil italiano, então tem direito a dupla cidadania, desde que cumpra com alguns prazos pré-estabelecidos. Por exemplo, casais que moram fora da Itália precisam estar casados formalmente por pelo menos três anos. Mas, caso já tenham filhos, esse tempo cai para um ano e meio.
Já casais que oficializaram a união dentro da Itália precisam estar juntos há, no mínimo, dois anos. E, caso tenham filhos, o período cai para um ano.
Porém, além desses requisitos básicos, há a exigência do conhecimento do idioma italiano. Nesse caso, o processo exige proficiência básica em italiano.
Cidadania Italiana Por Residência
A dupla cidadania por residência pode ser requisitada quando a pessoa reside na Itália por dez anos ou mais. Obviamente isso é válido apenas se a pessoa morar na Itália de forma legal, com o visto de residência e outras exigências.
Mas, nesse caso, também será essencial saber falar italiano. O que, geralmente, não é um problema para a maioria das pessoas. Afinal, quem solicita a naturalização italiana por residência já mora há anos na Itália e consequentemente conhece bem o idioma.
Comprovando o conhecimento do idioma italiano
Como vimos, falar italiano para a dupla cidadania é essencial em alguns casos. Mas como isso é comprovado? Existem os chamados exames de proficiência. Mais adiante explicaremos quais os tipos de exames aceitos.
Mas, resumindo, para pedidos de cidadania italiana por casamento ou residência, por exemplo, a pessoa terá que apresentar o nível B1 em Italiano e saber se expressar nesse idioma, de maneira eficaz e coerente.
Existem vários exames de proficiência aceitos no processo e que devem ser anexados juntamente com os outros documentos.
Os exames, bem como os certificados, precisam ser emitidos por escolas autorizadas. Caso contrário eles não terão validade para o prosseguimento do processo de dupla cidadania.
O que significa Jus Sanguinis?
Se você for solicitar a dupla cidadania italiana por meio jus-sanguinis, então não há a obrigação de comprovar o conhecimento do idioma italiano.
Mas o que de fato significa jus-sanguinis? Essa expressão é usada para se referir a pessoas que possuem italianos em sua árvore genealógica. Ou seja, pessoas que têm descendentes italianos, que transmitem o direito à dupla cidadania através do sangue.
Esse direito passa de geração em geração, sem limites e sem importar o ano que seu ascendente italiano desembarcou no Brasil.
Aqui temos o processo de dupla cidadania italiana por descendência, um dos mais requisitados por brasileiros. Mas ele requer uma série de processos burocráticos, principalmente em relação aos documentos. Dessa forma, você não vai precisar comprovar conhecimento no idioma italiano. Mas vai ter que reunir toda a documentação, desde a do seu ascendente italiano, bem como de todas as pessoas que lhe transmitiram o direito através das gerações.
Caso queira saber mais sobre esse assunto, leia o artigo onde falamos sobre os documentos necessários para obter a cidadania italiana.
Exames de proficiência aceitos
Como destacamos anteriormente, o exame de proficiência em língua italiana precisa ser realizado por escolas autorizadas, assim como a emissão do certificado para ser anexado na lista dos documentos do processo de dupla cidadania por casamento ou residência.
A boa notícia é que existem muitos exames reconhecidos pelas autoridades italianas. Vamos ver alguns deles.
CELI (Certificato di Conoscenza della Lingua Italiana)
O CELI é um dos exames mais requisitados por quem quer obter a dupla cidadania italiana por casamento. Ele é reconhecido pelo Governo Italiano, aceito em todo o mundo e não tem prazo de validade.
Esse certificado é emitido pelo Centro para as Avaliações e as Certificações Linguísticas (CVCL) da Universidade para Estrangeiros de Perugia. O teste aplicado avalia a pessoa em diversos quesitos, como leitura, interpretação e produção de textos, compreensão do idioma e pronúncia dele.
No Brasil, esse teste é aplicado em diversas cidades, como Campinas (SP), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Recife (PE), Curitiba (PR) e Nova Lima (MG).
CILS (Certificazione di Italiano come Lingua Straniera)
O CILS também é muito requisitado por quem busca a dupla cidadania por casamento. Assim como o CELI, ele não possui data de validade, é reconhecido pelo Governo Italiano e aceito mundialmente.
O certificado é emitido pelo Centro CILS da Universidade para Estrangeiros de Siena. Atualmente, mais de 30 locais aqui no Brasil aplicam esse teste. A prova visa avaliar a capacidade de a pessoa falar italiano, escrever nesse idioma e se comunicar de forma geral. Questões de ortografia e gramática também são aplicadas.
No Brasil, o CILS é aplicado duas vezes por ano, sempre nos meses de junho e dezembro.
PLIDA (Progetto Lingua Italiana Dante Alighieri)
Há ainda o PLIDA, que é a prova da da Società Dante Alighieri. Esse teste é dividido em quatro fases e cada uma delas avalia determinada habilidade em italiano. Assim, é essencial saber ouvir, ler, escrever e falar em italiano para passar nesse teste.
O PLIDA abrange vários níveis de conhecimento em italiano e você precisa ficar atento ao período de inscrição do nível específico que deseja. No Brasil, esse teste é aplicado em cidades como Recife, São Paulo, Curitiba e Asa Norte-Brasília (DF).
Conte com a Expertabi
Então, como destacamos ao longo deste artigo, falar italiano para a dupla cidadania é um requisito essencial para dupla cidadania por casamento ou por residência.
E, em ambos os casos, assim como a dupla cidadania por descendência, é essencial contar com uma assessoria especializada. Por isso você pode contar com os serviços da Expertabi.
A Expertabi possui a experiência que você precisa para ter total segurança e tranquilidade na busca pela cidadania italiana. Por meio de uma equipe especializada, oferecemos toda a assistência necessária para que o processo transcorra da melhor forma possível.
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