Reconhecimento da cidadania italiana: caso Rodrigo Faro

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A busca pelo reconhecimento da cidadania italiana é um sonho para milhões de pessoas que possuem laços sanguíneos com italianos. Segundo dados divulgados recentemente pela Embaixada Italiana no Brasil, cerca de 15% dos brasileiros podem ter direito à cidadania

Esse número representa mais de 30 milhões de pessoas, o que consiste em uma grande fatia da população brasileira. Ou seja, talvez você ou algum familiar tenha laços sanguíneos com um italiano!

Pois bem, esse fato faz com que, anualmente, milhares e milhares de pessoas busquem obter o direito à cidadania italiana. Nesse sentido, o processo é complexo e exige uma série de comprovações, além de levar algum tempo. 

E ninguém está dispensado de passar pelos trâmites burocráticos, nem mesmo os ricos e famosos. É aqui que entramos no caso Rodrigo Faro. Ele foi citado como beneficiário de um esquema de corrupção que falsificava documentos para a obtenção da cidadania. 

Mas o que aconteceu realmente? O apresentador está envolvido ou foi vítima desse golpe? Hoje vamos te atualizar a respeito desse caso. Assim, ele servirá de aprendizado para você não cair em situações como essa. Afinal de contas, elas lhe trarão prejuízos e constrangimento, adiando o seu sonho por tempo indeterminado (ou para sempre). 

Rodrigo Faro e o reconhecimento da cidadania italiana

No dia 27 de maio de 2024, a imprensa italiana noticiou que a Polícia Metropolitana de Nápoles havia prendido dois brasileiros acusados de comandar uma rede de corrupção para a concessão da cidadania italiana. 

A operação policial foi apelidada de “Carioca”, e desmantelou um esquema corrupto que acontecia na pequena localidade de Villaricca, que tem pouco mais de 26 mil habitantes. 

Os brasileiros presos eram Silmara Fabotti e Flavio Alan Yogui, que intermediavam o processo de reconhecimento de cidadania italiana. Silmara atuava pela assessoria Diritto di Cittadinanza. Mas como funcionava o esquema e onde Rodrigo Faro entra na história?

O esquema, segundo a polícia, envolvia a falsificação de documentos para a obtenção da cidadania italiana. Em suma, os envolvidos falsificavam certificados de residência. Depois, os vendiam a pessoas que desejavam obter a cidadania sem nem mesmo pisar na Itália. 

Claro que é possível obter a cidadania italiana sem ir até a Itália, entrando com o processo junto ao consulado no Brasil ou pela via judicial como explicamos neste artigo. No entanto, o esquema desmembrado pela polícia italiana funcionava de forma diferente, prometendo mais agilidade para a obtenção desse direito.

A quadrilha, que residia na Itália, captava clientes brasileiros que moravam no Brasil e dava entrada com o processo diretamente por lá. Desse modo, eles comprovavam a residência italiana dos interessados, sem que eles sequer tivessem visitado a Itália! 

A imprensa ainda noticiou que o pagamento pelos documentos falsos era feito com dinheiro e até mesmo favores sexuais! 

E, entre os beneficiados, estariam o apresentador Rodrigo Faro e sua esposa, Vera Viel, além de outros empresários brasileiros. O nome de Faro passou a ser citado pelos principais portais de notícias, já que, de certa forma, ele faria parte do esquema. Porém, o apresentador se pronunciou, e se disse vítima, como veremos mais adiante. 

Mais detalhes sobre o esquema

O esquema corrupto de reconhecimento da cidadania italiana envolvia mais gente e era complexo. Afinal, não é nada fácil falsificar documentos, principalmente na Itália. Dessa forma, alguns funcionários públicos estavam envolvidos no esquema e também foram presos. 

O Ministério Público italiano foi quem solicitou a prisão dos envolvidos. Seriam seis nesse primeiro momento, incluindo os dois brasileiros. Inicialmente, o juiz que analisou o caso adotou medidas mais brandas e determinou a prisão domiciliar dessas pessoas. 

No entanto, como eles já haviam sendo monitorados há bastante tempo, a polícia descobriu que Silmara e Flavio planejavam fugir da Itália para escapar do julgamento. As autoridades interceptaram contatos telefônicos com países como os Emirados Árabes Unidos. 

Por isso, Silmara e Flavio continuaram presos. Silmara é apontada como criadora e líder do esquema e Flavio seria seu funcionário de confiança. Eles conseguiam corromper diversos elos do processo de cidadania italiana para conseguir os documentos falsos. 

O que diz Rodrigo Faro?

Dias depois dessa notícia vir à tona, Rodrigo Faro se pronunciou de forma oficial por meio de sua assessoria. Segundo a nota divulgada, houve um mal-entendido. O apresentador teria entrado com o processo de reconhecimento da cidadania italiana em 2021. O fato ocorreu após o serviço ter sido indicado por um amigo que já tinha o documento. 

Assim, Rodrigo e sua esposa deram prosseguimento ao processo, com a assessoria do escritório Diritto Di Cittadinanza SRL, onde Silmara trabalhava. A defesa de Faro alegou que ele fez todas as comprovações, enviou os documentos solicitados e comprovou laços sanguíneos com seus antepassados italianos. 

Por isso, segundo ele, o processo foi aprovado e os passaportes concedidos sem maiores problemas. Ainda de acordo com a versão de Faro, ele e sua esposa foram vítimas do esquema, pois não sabiam das ilegalidades cometidas por Silmara. 

Por fim, o apresentador disse estar surpreso com a notícia, pois não sabia da má índole da empresa que contratou. 

Apresentador sofrerá consequências? 

Não há dúvidas de que o esquema de falsificação de documentos ocorria. A polícia tem provas suficientes e por isso realizou as prisões. Restam ainda os trâmites legais do processo, incluindo julgamento e sentença.

Mas a grande dúvida que fica é se Rodrigo Faro tem culpa. E se ele pode ser responsabilizado por, de forma indireta, ter participado do esquema. Na verdade, ele é considerado um beneficiário.

Até o momento, a defesa de Faro não citou se ele comprovou residência italiana e como fez isso. Vale ressaltar que ele não foi acusado formalmente por nenhum crime, ao menos por enquanto. 

Teoricamente, como ressaltamos antes, ele é vítima, mas foi beneficiado com o esquema. Dessa forma, terá que tomar algumas medidas para comprovar sua inocência. 

Caso contrário, pode ser responsabilizado por falsa declaração de residência, que é um crime grave! Nesse caso, a falsa residência seria tipificada como crime de falsidade ideológica em documento público, caso seja comprovada a intenção de obter uma declaração fraudulenta. 

As penas para esse tipo de crime variam de acordo com alguns fatores, mas vão de multa até prisão (de 1 a 3 anos). Portanto, Rodrigo Faro e sua esposa terão que cooperar com a justiça, comprovar inocência e enfrentar as possíveis penalidades legais que serão estipuladas no julgamento do caso.

Evite entrar nessa fria!

Para não cair em golpes na busca pelo reconhecimento da cidadania italiana, tome algumas atitudes preventivas. Desconfie de empresas que fazem promessas mirabolantes e que cobram um valor muito abaixo do mercado. 

Antes de entrar com o processo de cidadania, faça uma ampla pesquisa sobre as principais assessorias nesse segmento. E claro, veja a reputação delas. Se receber alguma indicação (como ocorreu com Rodrigo Faro), não confie cegamente nela e, portanto, pesquise a empresa mesmo assim. 

A transparência e honestidade é a base para se obter a cidadania italiana de forma 100% legal. E isso seguindo todos os processos burocráticos e sem ter dores de cabeça mais tarde. 

Para isso, é essencial contar com uma assessoria confiável, com bom histórico e que trabalha dentro da realidade e de acordo com a lei, sem fazer promessas vazias e ilusórias. A Expertabi, por exemplo, conta com anos de experiência nesse segmento e preza pela integridade em todas as etapas do processo de cidadania. 

Buscamos explicar as dificuldades aos clientes. E, ao mesmo tempo, dar toda a assistência necessária para um processo limpo e sem falhas. Se você está em busca desse sonho, entre em contato conosco e converse com nossa equipe de especialistas. 

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