Fazer a cidadania italiana com assessoria ou não? O que levar em conta?
Para os que estão planejando fazer a cidadania italiana, existe uma tentação em fazer o processo sozinho, mesmo sem conhecer ninguém ou dominar o idioma italiano. Passei por essa mesma tentação, com a ideia de que poderia economizar muito dinheiro. No final, fiz o processo com assessoria. Mas, por que fiz a prática da cidadania italiana com assessoria?
1)IDIOMA
Eu estava estudando italiano sozinha e inclusive já podia me comunicar, mas não sabia se o nível que eu tinha era suficiente para reconhecer a cidadania Italiana na Itália sozinha.
2) RESIDÊNCIA
Muito tempo antes de ir para a Itália, pesquisei casas, quartos pela internet e cheguei a falar com os proprietários. Ninguém queria alugar, quando sabia que eu buscava residência para fazer a cidadania. Por quê? O motivo eu só descobri bem depois: é necessário apresentar ao Comune uma declaração do proprietário do imóvel, onde ele declara estar ciente de que o imóvel será utilizado para o pedido de inscrição anagráfica (residência). Óbvio, eles não queriam essa responsabilidade.
Tentei até dar uma de esperta, depois de receber vários nãos, e não comentar para que eu queria o imóvel. Conversa vai, conversa vem e não demorava muito para a imobiliária solicitar o contrato de trabalho. Explicava a situação e não adiantava de nada. Claro, pensavam que eu ficaria morando ilegal no país.
3) COMUNE
Bom, já viram que minha tentativa de fazer o processo sozinha na Itália foi desanimadora até aqui, mas ainda falta a parte do Comune. Eu já havia lido que quanto menor o Comune, mais rápido seria o processo. Ok, então comecei a procurar comunes pequenos, até que uma hora me perguntei: “será que todos eles sabem fazer o processo?” Eu não tinha claros quais os passos para tal requerimento. Teria que conversar com o Comune antes de ir.
Mas, e se eu chegasse lá e eles não soubessem como fazer, ou nunca tivessem feito? Até porque muitas coisas mudam. Vi que realmente seria muito arriscado.
4) EXPERIÊNCIA ALHEIA
Eu já estava na Itália, dando inicio à prática da cidadania italiana com assessoria. Vi um post de uma brasileira em um grupo do qual eu fazia parte. Ela relatava que havia ido para a Itália sozinha, tinha acertado a residência antes de sair do Brasil, falava italiano intermediário e poderia fazer o processo sem assessoria.
SURPRESA!! O proprietário não sabia desse termo que teria que assinar, ela muito menos! Ele não quis assinar, devolveu o dinheiro que ela tinha pagado e ela teve que ficar em quarto alugado durantre vários dias e procurar uma assessoria. Nesse momento, tive certeza que fiz a escolha certa!
Outro caso que conheci, não faz muito tempo, de um moço que tinha conhecidos na Itália que assinaram o tal documento que o Comune pede. Chegando lá, o rapaz foi bem feliz no Comune fazer o Codice Fiscale e a inscrição anagráfica. Mais uma surpresa: o Comune nunca havia feito uma cidadania. Ele teve que estudar todas as leis italianas e auxiliar o Comune a fazer o processo. Demorou quase 1 ano para ter a cidadania reconhecida.
Existem casos e casos. Uns arriscam e dá certo, enquanto que para outros, não. Eu, particularmente, para evitar esses possíveis problemas, fiz a cidadania italiana com assessoria e não me arrependo!
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Escrito por: Simone T. Bianchi
Revisão: Wenderson Phelipe da Silva Santana